OS POMBOS

OS POMBOS

 

 
No nosso país pode encontrar-se três espécies de pombos, com a designação geral de pombos bravos: O pombo torcaz, o pombo das rochas e o pombo bravo. São aves caracterizadas pelo seu aspecto robusto, asas pontiagudas, cabeça relativamente pequena, cauda comprida e voo rápido.

Outras características que têm em comum – assim como a rola – é a sua dependência da água ( os grãos de que se alimentam são amolecidos no papo ), sendo assim frequente ver os pombos em bebedouros onde saciam a sede, logo levantando voo. Normalmente vivem em bandos fora da época de criação e aos pares durante o acasalamento.

As três espécies têm uma silhueta e forma de voo características, não oferecendo dificuldades de identificação; no entanto, apontam-se de seguida alguns pormenores específicos de cada uma delas.

Nome Cientifico: Columba Palumbus

Nome Vulgar: Pombo-Torcaz

È o maior dos três pombos ( 41cm de comprimento ), tem duas manchas brancas nos lados do pescoço e outras duas manchas brancas nas asas que o tornam facilmente reconhecível quando em voo.

È um migrador parcial; a maioria da população, proveniente do norte da Europa visita Portugal durante o outono e o inverno. Os animais que criam no nosso país apresentam uma distribuição englobando praticamente todo o território, mas de inverno concentram-se, sobretudo, nas regiões com montado de sobro e azinho.

O pombo torcaz é característico das zonas arborizadas e a sua alimentação é obtida nesses locais – bolota, azeitona mas também se alimenta nas áreas abertas – de cereais, por exemplo.

O ninho é normalmente construído em árvores, a alturas geralmente elevadas; podem ser feitas 3 posturas de 2 ovos ( raramente 1 ), são incubados pelo macho e pela fêmea durante 17 dias.

Nome Cientifico: Columba Livia

Nome Vulgar: Pombo-das-Rochas

Considerado como antepassado dos nossos pombos mansos, este pombo, bastante mais pequeno ( 33cm de comprimento ) e esbelto que o torcaz, representa também outras características que permitem uma fácil distinção daquele: ausência das manchas brancas no pescoço e nas asas, duas barras pretas nas asas, sobretudo visíveis quando em voo, e uropígio branco.

È uma espécie residente, apresentando uma distribuição alargada a quase todo o país, embora localizado devido ao tipo de habitat preferencial.

O habitat do pombo das rochas, tal como o nome indica, está sobretudo ligado ás zonas rochosas, incluindo a orla marítima e áreas adjacentes; a sua alimentação é á base de grãos e sementes.

Nidifica nas falésias ou mesmo em edifícios, geralmente em colónias. O ninho é feito de uma camada delgada de pequenos ramos e raízes e é construído por ambos os sexos, normalmente o macho transporta o material e a fêmea coloca-o. A postura é de 2 ovos, raramente 1 e a incubação dura 17 a19 dias.

Nome Cientifico: Columba Oenas

Nome Vulgar: Pombo-Bravo

Sensivelmente do mesmo tamanho do pombo das rochas, não apresenta, ao contrário deste, uropígio branco e barras alares negras. Identifica-se pelas pontas das asas negras e dorso nitidamente mais escuro do que o pombo das rochas.

Espécie também residente, mas, das três espécies em causa é a que apresenta uma distribuição menos alargada no nosso país, restrita sobretudo ao interior.

O seu habitat está especialmente relacionado com zonas arborizadas ( bosques ou florestas ) a sua alimentação baseia-se em grão e em menor percentagem em bagas e bolota.

A nidificação faz-se geralmente em buracos de árvores, de edifícios ou mesmo de rochas. Normalmente as posturas – 2 ou 3 por ano – são de 2 ovos, raramente 1, a incubação é de 16 a 18 dias.